Empresário detido em operação que investiga fraude imobiliária é solto após pagar fiança; defesa diz que ele é vítima de golpe

Advogado diz que homem foi vítima de uma organização criminosa e teve prejuízo de cerca de R$ 6 milhões

Foto: Divulgação/Polícia Civil


O empresário que foi detido na terça-feira (25), em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, por suspeita de fraudar procurações e escrituras de terrenos de alto padrão, foi liberado depois de pagar fiança de R$ 2.500. De acordo com a defesa, ele foi vítima de um grupo criminoso que aplica golpes desta natureza e tomou um prejuízo de cerca de R$ 6 milhões.

O investigado é natural de Goiás, mas mora há sete meses no imóvel onde ocorreu a ação, em Vilas do Atlântico, bairro nobre de Lauro de Freitas. A casa pertenceu ao músico Bell Marques, mas foi vendida nos anos 2000. O artista não tem relação com a operação.

O advogado Elton Albergaria, que responde pelo empresário, disse que seu cliente colaborou com todos os procedimentos da ação policial e foi conduzido à delegacia porque possui uma arma de fogo que está com o registro vencido e ficou apreendida.

"Ele fez uma transação financeira e tomou um prejuízo de R$ 6 milhões. Ele pagou todas as taxas na aquisição do imóvel sem que soubesse que era algo ilegal e foi vítima dessa organização criminosa", disse o defensor.

Albergaria informou que o empresário, que não teve o nome divulgado, comprou a área rural em Brasília, em dezembro de 2019, por intermédio de uma corretora conhecida por transações imobiliárias na região. Porém, já com a escritura pública de compra e venda do imóvel, foi surpreendido com outra pessoa no imóvel, que diz ser o verdadeiro proprietário.

"Todo esse trâmite foi feito por uma corretora famosa em Brasília. Inclusive, ele entrou com outros pedidos em Juízo na vara cível referente a este imóvel, já que havia outra pessoa que estava no imóvel. Ou seja, ele teria a propriedade mas não teria a posse do bem. E foi uma vítima de toda essa operação", pontuou o advogado.

 

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O mandado de prisão foi expedido pela 2ª Vara de Justiça de Gama (DF) e contou com policiais civis de Distrito Federal e da Bahia. A operação também teve suporte da Coordenação de Operações Especiais (COE) e da Assessoria Executiva de Operações de Polícia Judiciária (AEXPJ). Documentos eletrônicos foram apreendidos para ajudar nas investigações.

A prisão fez parte da Operação Looping, liderada pela Polícia Civil do Distrito Federal. O investigado foi levado para o Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), onde prestou depoimento e foi liberado após o pagamento da fiança.

g1

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