Acompanhantes contam como é a maternidade na profissão e sobre a relação com suas próprias mães

Embaixadores do Fatal Model trazem temática à tona no Dia das Mães em conteúdos autorais

Uma das datas mais aguardadas do mês de maio (e do ano) está chegando: o Dia das Mães. A maternidade é um estado que envolve questões e pressões, sejam elas pessoais ou sociais e até mesmo muitas cobranças. E, por vezes, as decisões e escolhas dos filhos acabam por afetar as mães - e a família - de diversas formas. Por isso, o Fatal Model, maior site de anúncios de acompanhantes do Brasil, levantou as seguintes reflexões: como é ser mãe de um acompanhante? Que desafios elas enfrentam pela profissão do filho(a)? E como é ser mãe trabalhando como profissional do sexo? Quais são seus medos, sonhos e como lidam com o julgamento alheio? 

Jackeline Souza, mãe de Gabriel Spec, embaixador do Fatal Model, contou, durante um episódio do Acompanhadas (podcast da marca), que a partir do momento que descobriu que o filho optou em ser acompanhante, decidiu apoiá-lo e não dar margem para que as pessoas falassem mal dele. “Eu já sabia (que ele era acompanhante), mas deixei ele me contar. Eu falei ‘ok, se neste momento é o que cabe para você, então faça da melhor maneira possível, vigie teus passos para onde e com quem você vai, tome cuidado consigo mesmo’. Porque, afinal de contas, a mãe se preocupa sempre. Então, peço para ele tomar cuidado, especialmente com sua integridade física. De resto, não ligo para o que as pessoas pensam ou falam dele, é algo que diz respeito somente a ele”, diz.

Gabriel, que está na profissão há 4 anos entre indas e vindas, conta que teve medo de que sua mãe o recriminasse por conta da profissão em que ele atua. “Minha mãe é muito protetora e a maior preocupação que eu tinha era perder aquele olhar de admiração dela e da minha família. Pensei ‘e se começarem a falar coisas para eles a ponto desse olhar mudar?’. Então, o meu medo foi receber um tratamento diferente, mas isso não aconteceu, o apoio da minha mãe e família foi essencial para seguir em frente, por isso bato na tecla de que sou muito afortunado por receber esse carinho”, comenta. 

Já para Nina Sag, porta-voz do Fatal Model, acompanhante e mãe, o maior desafio reside no fato de ser julgada por terceiros, além de conviver com tensões constantes, como contar ou não sobre sua profissão para os filhos, o medo de perder a guarda deles por conta da atividade e, claro, o que será que eles pensarão sobre a atuação da mãe, quais serão suas percepções, medos e anseios. “Há um julgamento pesado sobre mulheres que são mães e trabalhadoras sexuais. Aparentemente, do ponto de vista social e jurídico, uma coisa não se qualifica para outra, pois, tudo se resume a conduta moral e bons costumes. E uma mulher que decide ser acompanhante muito provavelmente não entende de conduta moral, certo?! Claramente ironizo a questão, mas é dessa forma que somos vistas por pessoas qualificadas moralmente.”

As dicas para as mães que trabalham como acompanhantes

Para Nina, diante do contexto vivido pelas acompanhantes que são mães, é possível ter alguns cuidados extras com os filhos, como nunca atender clientes na mesma residência em que mora com eles, não deixá-los ter acesso livre ao celular (colocando senhas em aplicativos ou tendo um aparelho exclusivo para o trabalho) e evitar conversar sobre os assuntos relativos ao serviço na frente deles.  

Outro ponto defendido pela porta-voz da plataforma é saber o momento de contar ou não sobre a profissão para o filho(a), se perguntando, em primeiro lugar, se eles têm idade e maturidade suficiente para entender o que é sexo e, em segundo, questionando quanto tempo pretende ficar como acompanhante. “Se for algo passageiro, é desnecessário que eles se preocupem com essa informação. Mas, se pretende trabalhar por muito tempo e corre o risco deles descobrirem por meio de outras pessoas, então a conversa é o melhor caminho”.

A experiência de Nina a permite defender que é sempre melhor a mãe contar do ponto de vista dela, que está vivendo a situação, do que por pessoas de fora. “Também acho importante não falar sobre o assunto se vitimando, se não, os filhos terão a mesma visão que o resto da sociedade sobre o assunto e sentirão pena e vergonha. Se é algo que paga as suas contas, põe comida na mesa e proporciona conforto, para que ter um sentimento de culpa ou peso, não é mesmo? Falar com orgulho sobre o trabalho é relevante, pois ele é honesto, não é contra a lei e deve ser respeitado”, complementa.

Para Lolla Poltronieri, também embaixadora do Fatal Model e mãe, a verdade nunca irá machucar uma pessoa no futuro. Apesar da pouca idade de seu filho, ela já pensa em como irá contar para ele sobre sua profissão quando a hora certa chegar, pois acredita ser um passo importante para ele entender a profissão e respeitar as pessoas que atuam neste ramo.

O próximo episódio do podcast Acompanhadas, que irá ao ar dia 9 de maio, trará para discussão os desafios da maternidade na profissão e contará com a participação de um advogado para explicar a legislação e o relato da Alice Salvatore, que é mãe e profissional do sexo, filha e neta de mulheres que também atuaram no ramo adulto. 

 

Comentários


Instagram

Facebook