Câncer ósseo, por ser raro, dificulta diagnóstico precoce

Associação Brasileira de Oncologia Ortopédica (ABOO) explica e ressalta necessidade de informação

Foto: Divulgação/Sociedade brasileira de cirurgia oncológica 


Apesar que o câncer ósseo seja um tipo raro - representa apenas 2% do total de cânceres diagnosticados - os esclarecimentos se fazem de extrema importância, uma vez que a raridade da doença é a principal dificuldade para o diagnóstico precoce, com sintomas que podem ser confundidos com outras afecções mais comuns.

Segundo o presidente da ABOO (Associação Brasileira de Oncologia Ortopédica), Edgard Engel, muitos pacientes com tumores ósseos malignos são diagnosticados tardiamente, apresentando lesões extensas que impossibilitam o tratamento de preservação do membro e com comprometimento da sobrevida. 

Como os ossos são responsáveis por dar apoio e sustentação ao corpo, o câncer ósseo manifesta-se, principalmente, pela dor durante o apoio ou as atividades. Outro sinal frequente é a formação de uma massa dura e de crescimento rápido que, geralmente, pode ser palpada. “É muito comum o paciente relacionar o aparecimento dos sintomas com traumatismos e contusões. No entanto, quando a dor e o aumento de volume não cedem com o tratamento inicial ou progridem com o tempo, é necessário repetir o exame clínico e realizar uma radiografia. Eventualmente, a radiografia faz o diagnóstico de uma doença agressiva e que merece avaliação especializada”, explica Engel.

Na população infantojuvenil, o câncer ósseo é o terceiro mais frequente, depois das leucemias e do câncer do cérebro.

No adulto e no idoso, a parte óssea constitui foco muito importante de disseminação do câncer de outros órgãos - as metástases ósseas.

O presidente da ABOO ressalta a necessidade de que os médicos sejam mantidos informados sobre a questão do câncer ósseo já que, por se tratar de doença rara, muitas vezes profissionais têm dificuldade de saber qual é a melhor conduta para o tratamento. 

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