Com imagem arranhada, Forças Armadas tentam se afastar de crise causada por joias

Aos menos sete militares estão envolvidos diretamente no escândalo

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil


Pelo menos sete militares têm envolvimento direto no escândalo das joias vindas da Arábia Saudita como um presente à família Bolsonaro. As participações no caso vão desde a tentativa de entrar no Brasil com os itens ilegalmente a investidas para reaver os diamantes apreendidos pela Receita Federal. Porém, o caso não deve ser tratado com uma questão militar pela Defesa, que aponta que os envolvidos devem ser investigados como civis, por não haver caracterização de crime militar.

Em comentário sobre o caso, a Aeronáutica, em resposta ao jornal Correio Braziliense, lamentou o episódio, mas destacou que a única participação da Força Aérea Brasileira (FAB) foi em ceder o avião que tentou reaver as joias no aeroporto de Guarulhos. Já o Exército declarou ao jornal de Brasília que não caberia à instituição conduzir a investigação da conduta do tenente-coronel Mauro Cid na apreensão dos diamantes, já que ele “se encontrava em cargo fora da Força".

Com o maior número de militares envolvidos, a Marinha se pronunciou indicando que o caso está sendo apurado fora do âmbito das Forças Armadas. O Ministério Público Militar, por sua vez, disse, em nota, que "Não houve, até o momento, indicação de que as condutas relacionadas ao caso de que trata o pedido estejam descritas no mencionado artigo (de crimes militares)".

Além da participação Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia, militar que liderou a comitiva para a entrada irregular das joias, e seu assessor, o tenente da Marinha Marcos André dos Santos Soeiro, os outros militares envolvidos diretamente no escândalo são: Julio Cesar Vieira Gomes, ex-oficial da Marinha, com atuação direta na tentativa de libertação das joias, orientado por Bolsonaro; José Roberto Bueno Junior, contra-almirante da Marinha, quer participação na assinatura ofícios tentando liberar as joias de Guarulhos; Mauro Cid, tenente-coronel do Exército, que enviou um avião da FAB para tentar retirar as joias apreendidas no aeroporto; Jairo Moreira da Silva, primeiro-sargento da Marinha, emissário enviado por Bolsonaro até o aeroporto de Guarulhos; Cleiton Henrique Holzschuk, segundo-tenente do Exército, que enviou o ofício que pedia a liberação das joias para o ex-presidente.

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