Honrando antecessores e a literatura brasileira, Maria Bethânia se torna imortal da ALB

Cerimônia aconteceu nesta quarta-feira (3)

Na noite desta quarta-feira (3), no Palacete Góes Calmon, em Salvador, a cantora Maria Bethânia se tornou imortal. A artista de Santo Amaro assumiu a Cadeira 18 da Academia de Letras da Bahia (ALB) num discurso emocionante retomando sua relação com a literatura brasileira e honrando os antigos ocupantes do seu assento, que tem o advogado e político Zacarias de Góis e Vasconcelos como patrono.

Sob aplausos, ela iniciou seu discurso citando a música “Tudo de Novo”, de autoria de Caetano Veloso: “Minha mãe me deu ao mundo de maneira singular me dizendo uma sentença: pra eu sempre pedir licença, mas nunca deixar de entrar”. O seu irmão foi referenciado em outros momentos de sua fala: “Fui criada em uma casa onde poesia e música eram naturais. Caetano sempre foi meu guia e mestre do meu barco”.

A relação com sua família permeu o discurso. Bethânia lembrou que seu pai gostava dos sonetos de Artur de Sales, autor do Hino ao Senhor do Bonfim, e elogiou a voz de Dona Canô, sua mãe. 

A cantora também recitou parte do conto “Mineirinho”, de Clarice Lispector. A obra marca o início de algo que se tornou característica das apresentações de Bethânia: declamar trechos da literatura em seus shows.

O presidente da sessão, o antropólogo Ordep Serra, comentou sobre o reconhecimento da artista pela ALB. “Maria Bethânia é uma grande estrela. Não só da música popular, mas da inteligência brasileira. Ela é uma das grandes damas ilustres da Bahia”, afirmou durante a cerimônia. 

Confira a sessão de posse de Maria Bethânia:

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