Banco Central estima valor da Amazônia em R$1,5 trilhão por ano; valor da exploração chega a US$ 98 bi

Relatório indica que o valor a ser obtido com a Amazônia em pé é sete vezes maior do que pode ser obtido através da exploração econômica

Um relatório divulgado pelo Banco Central, nesta terça-feira (9), apontou que o valor da Amazônia preservada é sete vezes maior do que o da exploração econômica da região. A estimativa aponta que a preservação vale US$ 317 trilhões, o equivalente a R$ 1,5 trilhão. Já o valor da exploração econômica chega a US$ 98 bilhões, ou R$ 488 bilhões.

“Em termos econômicos, o desmatamento é uma enorme destruição de riqueza, ameaça o clima global, ameaça a extraordinária biodiversidade e formas de vida e comunidades tradicionais”, afirmou o economista Marek Hanusch, que é líder e coordenador do relatório “Equilíbrio delicado para a Amazônia Legal Brasileira – um memorando econômico”, publicado pela instituição internacional. A informação é do Estado de S. Paulo.

O documento mostrou ainda um posicionamento favorável de economistas do Banco Mundial a salvaguardas ambientais no acordo entre União Europeia e Mercosul e crítico aos incentivos fiscais da Zona Frana de Manaus.

A conta do valor preservado inclui U$ 20 bilhões anuais estimados em serviços ecossistêmicos só na América do Sul, como as chuvas para agricultura na região. O maior valor vem do papel da Floresta como sumidouro de carbono, calculado em US$ 210 bilhões.

O "valor de existência" da região vale US$ 65 bilhões, a proteção da cobertura florestal e da biodiversidade. Os valores são avaliados através de pesquisas amostrais com a população global que medem o valor da Floresta para gerações futuras.

Comentários


Instagram

Facebook