Câmara Municipal promove audiência pública para debater a seca no município

  • Danilo Souza
  • Atualizado: 18/12/2023, 08:48h

Durante a manhã desta quinta-feira (14) foi realizada uma Audiência Pública na Câmara Municipal de Vitória da Conquista para debater o período de seca que tem afligido regiões do município. A reunião teve a presença de vereadores do município, agricultores e representantes da zona rural e da Prefeitura Municipal.

A falta de chuvas se tornou um problema ainda mais sério para Vitória da Conquista no ano de 2023, principalmente para os distritos de José Gonçalves e Bate-Pé, e tem gerado como consequência a escassez de alimentos, o que afeta de forma direta os agricultores e pequenos produtores, além da população como um todo.

Na Audiência foi informado que a média anual de chuvas na cidade é de aproximadamente 750 milímetros, mas que no ano atual essa estatística está entre 200 e 250 milímetros, sendo mais da metade somente em janeiro, o que traz um alerta sobre a gravidade da seca atual.

Nelson de Vivi, um dos vereadores presentes na audiência, abordou sobre a promessa da criação de uma barragem de água fria, tema que já foi comentado durante cinco mandatos dos governadores da Bahia, mas que não foi concretizado até então. Entre as pautas, estão a Barragem do Rio Pardo, na região de Inhobim (direcionado para a agricultura) e a Barragem do Rio Catolé, em Barra do Choça (com foco para o consumo humano).

Vagner Lopes, um dos representantes da zona rural, comentou que os prejuízos inclusive têm causado instabilidades na saúde mental dos produtores da zona rural. Ele comentou também que chegou a perder toda a sua plantação de mandioca por conta da falta de chuvas.

O café, importante para economia do município, teve uma perda de 30% das plantações até o momento, de acordo com informações divulgadas também a Audiência.

Rosângela Freitas, coordenadora da Defesa Civil, comentou sobre a redução na quantidade de carros-pipa no município. Em 2016 eram 37 carros, já em 2023 esse número caiu para 17, onde somente 12 estão à disposição para uso. Houve também uma redução na quantidade de motoristas destes veículos por conta dos salários considerados baixos.

A estiagem que acontece com intensidade na região, as temperaturas que chegam até a 35ºC e a não  previsão de chuva para os próximos dias têm contribuído para o aumento do problema nessa época, algo que já se esperava. O diretor executivo da Cooperativa Agropecuária, Antônio Cesar, também comentou sobre essas consequências.

“O solo foi agravado pelo excesso de temperatura e prejudicou ainda mais esse balanço hídrico da região da lavoura com uma deficiência hídrica histórica.”

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