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Voltamos à programação "normal", pois enfim o ano começa após o carnaval, mas confesso, como uma baiana beeem systemática, não estou tão normal assim e haverá sinais! Convenhamos, nada foi normal nesse Carnaval, rs...

Após desfilar a vida pelo Pelô e no circuito Dodô em Salvador, estou arrastando meus cacos para catar algumas teclas e vos escrever com um tanto de amor. Está realmente complicado falar de outra coisa senão esta virose que está me “macetando” e literalmente deixando de perna bamba por motivos controversos...

De fato, já me sinto no lucro por ter passado aperto na muvuca, dormido pouco, ingerido coisas de procedências que até os ambulantes desconfiam e, ainda assim, voltar razoavelmente "sã" para o que se pode esperar de uma péssima foliã no auge dos 30+, com o celular salvo e um estoque renovado de experiências com minhas amigas Tiaga's – o clássico meme que rejeita as críticas para não enlouquecer e brilhar na cidade.

Entre Deus e as entidades na festa da carne, posso chamar essa edição de, no mínimo, kkkaótica. A energia que pesou e fez Davi adoecer na Casa 24h virou hit de clamor a “calma” no carnaval da hablação aqui fora. Haja língua de chicote e sem freio!

Pra começar, Daniela logo xingou; ao mesmo tempo que realizava, Saulo reclamou e se arrependeu do carnaval gourmet, mas nada pior que a tentativa de golpe ao comprar algodão-doce (R$600 conto, mermão?!); Léo Santana flagrou Tony Sales pipocando na avenida; para subir no trio Sasha teve que explicar que além de Bruna Marquezine, tinha o marido ao lado; O marido João, que em nome de muitos de nós falou mal da chatice dos crentes.

Ivete se recusou a responder que "manejava" o gado, digo, o público colaborador que não deixa de fortalecer mainha mostrando para qualquer Daenerys quem é a rainha que a gente carrega nas costas. Nossa diva teve que enfrentar o apocalipse profetizado da forma mais inoportuna do mundo, com data e tudo, por Baby do Brasil. Tão do nada quanto, Márcio Vitor receitou a ex-Novos Baianos um remedinho ao invocar o povo de Deus no circuito, mas Consuelo teve o discurso endossado por nada-mais-nada-menos que o recém apanhado Kannário, cantor que já havia se retado por ter pago seu próprio trio, recusando publicidade da mal pagadora (segundo ele) prefeitura. 

Fato é que a explosão do cabo de gás e desnivelamento do trio de Ivete foram confundidos com castigo divino pelos ungidos que estavam representados ou lucrando na avenida. Trocar Yemanjá por Rei Yeshua, tá bom para você? Me deixe e senta lá, viu Cláudia!

Em suma, posso dizer que amor de praia sobe serra, existe amor de carnaval e se a gente quiser, após o verão virão outros verões. Carnaval é bom pra todo mundo desde que cada um ocupe seu lugar sem dar pitaco na forma de curtir do outro: os foliões vão pra folia, os crentes pro retiro, sem dinheiro fica em casa e do mato vai viajar. Esta sequela vale pro ano inteiro: axé pra quem é de axé, aleluia para quem é de aleluia, Netflix pra quem é de Netflix e, no final, todo mundo maceta e faz Davi ganhar…

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Laís Sousa

Jornalista-marketeira-publicitária comunicando em redes sociais de segunda a sexta. Escritora e viajante nas horas cheias e extras. Deusa, louca, feiticeira com trilha sonora em alta. Leitora, dançarina e pitaqueira por esporte sorte. Vamos fugir!
@laissousa_
laissousazn@gmail.com

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