Bahia vai na contramão do Brasil e apresenta crescimento na geração de empregos

Em março, o estado gerou 9.324 postos de trabalho. É o terceiro mês seguido com saldo positivo

Foto: Pexels


Neste Dia do Trabalhador, os baianos que procuram por emprego têm razões para celebrar. Os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que, em março, o estado gerou 9.324 postos de trabalho. É o terceiro mês seguido com saldo positivo. A taxa foi superior à dos meses de fevereiro (+8.132 postos) e ao do mesmo mês no ano passado (+7.989 postos). Ao todo, o estado passou a contar com 1.922.690 vínculos celetistas ativos. Na capital, Salvador, o saldo foi de 2.762 postos.

O estado desponta como o primeiro do Nordeste, em termos absolutos, na geração de postos de trabalho. Entre todos os estados brasileiros, a Bahia aparece na oitava colocação. O cenário positivo, segundo analisa o economista Edval Landulfo, vem numa crescente desde o final do ano passado, com a superação das expectativas de retorno econômico durante o verão. 

“Em 2022, já havia uma sinalização positiva. Aí você tem final de ano, janeiro, fevereiro e março atingindo o seu ápice em postos de trabalho e em geração de emprego. Isso explica o resultado da Bahia e esse destaque também no cenário nacional”, considera, em entrevista ao Metro1.

As atividades econômicas no estado a registrarem maior aumento de postos de trabalho foram os segmentos de Serviços (+5.218 vagas), Construção (+2.101 empregos), Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+1.759 postos) e Indústria geral (+873 vagas). 

Desemprego 

Por outro lado, os dados nacionais apontam para o aumento da taxa de desocupação. O estudo mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicado na última sexta com base na Pnad Contínua, mostra o crescimento do percentual de brasileiros desocupados entre o último trimestre do ano passado e o primeiro deste ano. O número foi de 7.9% a 8,8%.

Junto a esse dado, o contingente de brasileiros ocupados recuou 1,6% em relação ao mesmo período, numa redução de 1,5 milhão de pessoas empregados. O número total de habitantes do país em algum tipo de ocupação é de 97,8 milhões, cerca de 45% da população total. 

Os dados gerais, no entanto, não devem diminuir a confiança dos baianos. O economista Edval Landulfo destaca que a Bahia vive um momento econômico positivo que deve refletir na criação e consolidação de novos postos. 

“Através dos números que acompanhamos, através do cenário político e econômico há algo a se comemorar. O Governo da Bahia com essa ida à China, com essa conversa mais afinada com o governo federal, vai estimular alguns setores”, analisa.

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