Caso de raiva humana no Ceará acende alerta nacional; Vitória da Conquista reforça medidas de prevenção
A confirmação de um caso de raiva humana no município de Jucá, no Ceará, em janeiro deste ano, levou o Ministério da Saúde e demais órgãos de vigilância epidemiológica a reforçarem o monitoramento da doença em todo o país. O caso envolveu uma pessoa mordida por um sagui, evidenciando a circulação do vírus em animais silvestres.
Diante desse cenário, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Vitória da Conquista intensificou as recomendações para que os tutores garantam a vacinação de seus cães e gatos. O Brasil não registra transmissão de raiva humana por cães há quase 10 anos, superando o prazo de cinco anos exigido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para declaração de área livre da doença. No entanto, a circulação do vírus em animais silvestres mantém a necessidade de vigilância contínua.
A raiva humana é uma enfermidade grave e letal em aproximadamente 100% dos casos. A transmissão ocorre pelo contato com a saliva de animais infectados, por meio de mordeduras, arranhaduras ou lambeduras em mucosas ou feridas abertas.
A campanha anual de vacinação antirrábica resultou na imunização de mais de 32.600 animais no município em 2024. No entanto, a vacinação segue disponível durante todo o ano no Centro de Saúde Admário Silva Santos, situado no Bairro Brasil.
Orientações em caso de exposição ao vírus
Em situações de mordida, arranhão ou contato com saliva de animais potencialmente infectados, a recomendação é:
- Lavar imediatamente a área afetada com água e sabão.
- Buscar atendimento médico para avaliação e profilaxia adequada.
Atendimento:
- Dias úteis: Qualquer unidade de saúde.
- Finais de semana e feriados: Centro de Saúde Régis Pacheco, das 8h às 11h.
Dados epidemiológicos de 2024
Até o momento, foram registradas 453 notificações de atendimento antirrábico em Vitória da Conquista, distribuídas da seguinte forma:
- 349 causadas por cães.
- 66 por gatos.
- 8 por morcegos.
- 6 por macacos.
- 1 por suíno doméstico.
A prevenção e a vacinação regular continuam sendo as principais estratégias para evitar a disseminação da doença e garantir a segurança da população.
* Com informações do site da PMVC