Articulação de Lula e Kassab pode confirmar Alckmin como vice do PT e levar Otto à disputa do governo baiano

Na nova chapa costurada pelo cacique petista em reunião com lideranças do estado, Rui Costa seria candidato ao Senado

Foto: Reprodução/Informe Baiano


Crescem as especulações sobre uma mudança total na chapa governista que vai disputar as eleições ao Governo da Bahia em outubro. Com a articulação do ex-presidente Lula (PT), o PSD garantiria a cabeça da chapa com o senador Otto Alencar em troca do apoio à campanha do cacique petista à Presidência da República já no primeiro turno, tendo o ex-tucano Geraldo Alckmin na vice. O ex-governador de São Paulo tem sido 'cortejado' por Gilberto Kassab, o mandachuva do PSD. 

A reunião entre Lula, o governador Rui Costa (PT) e os senadores Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD), nesta terça-feira (15), gerou grande burburinho nos bastidores da política. Este encontro teria sido importante para costurar a aliança envolvendo Alckmin - ainda sem partido -,  Lula e Kassab.

Em contrapartida, Otto Alencar, contra a sua vontade, teria que desistir da reeleição ao Senado para representar o PSD como candidato ao Governo da Bahia. O vice de Otto sairia do PP, indicado pelo atual vice-governador João Leão, que ganharia protagonismo na política local com a licença do titular, Rui Costa, para concorrer ao Senado em outubro. Leão herdaria um mandato tampão de oito meses.

A confirmação da aliança PT, PSD e PP ainda teria Jaques Wagner, que tem mais quatro anos de mandato como senador, desistindo da campanha para o Executivo estadual e permanecendo no Congresso - ou saindo para ocupar um ministério em um eventual governo Lula. 

Depois que as especulações ganharam terreno, Wagner postou uma mensagem no Twitter para comentar a reunião com Lula, a quem tratou como "grande maestro da política nacional".

"Eu, o governador @costa_rui e o senador @ottoalencar acabamos de sair de reunião com o presidente @LulaOficial e a presidenta @gleisi. Tratamos do quadro eleitoral no Brasil e na Bahia. Nada melhor do que dialogar sobre isso com o grande maestro da política nacional", começou o petista.

Em seguida, Wagner afirmou que, por enquanto, o quadro continua o mesmo: "Nosso objetivo é fortalecer a unidade do grupo para ganharmos mais uma vez na Bahia e com Lula. O quadro continua o mesmo, com minha pré-candidatura ao Governo e o desejo de Otto e Leão de disputarem o Senado. Política é assim: se conversa muito até se chegar a um consenso".

Caso a aliança entre PT, PSD e PP se confirme, seria a primeira vez que o PT abriria mão do protagonismo em eleições na Bahia.

Tiago Lemos/Muita Informação

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