Campanha de Lula terá reforço de pastor evangélico que é ex-padrinho do deputado Feliciano

Para atrair o eleitorado bolsonarista, o PT vai adotar a linguagem dos evangélicos pentecostais

Foto: Divulgação


O pastor da Assembleia de Deus no Brasil, Paulo Schallenberger, conhecido por ser ex-padrinho político do deputado bolsonarista Marco Feliciano (PL-SP), surpreendeu ao anunciar a participação na pré-campanha de Lula (PT) para as eleições presidenciais deste ano. Já no mês de março, o religioso participará de reuniões e será um dos primeiros convidados ao podcast do PT voltado para o público evangélico.

Em entrevista concedida ao jornal O Globo, Schallenberger, afirmou que pretende usar a linguagem dos evangélicos. “O maior núcleo do bolsonarismo está nas igrejas pentecostais, principalmente a Assembleia de Deus, com a qual o PT nunca teve muito diálogo. Por isso, vamos usar a linguagem que o povo pentecostal entende".

Sobre a importância em participar do Podcast, ele disse que é um meio de viralizar “a ideologia petista e divulgar os projetos de Lula para o povo evangélico”.

“A fé é algo que você não consegue explicar, você sente. Os bolsonaristas usam essa linguagem para manipular, então por que não podemos usá-la para libertar esse povo? Se dizem que Bolsonaro é um escolhido de Deus, por conta da facada, eu pretendo trazer outra mensagem: Lula é um homem que Deus permitiu que passasse 580 dias preso e saísse da Polícia Federal em Curitiba para ser presidente. Lula tirou milhões da fome, levou água para o sertão”, explica.

Durante o programa, o religioso pretende ler um versículo, que eles gostaram, de um livro bíblico chamado 'Lamentações', no qual o profeta Jeremias diz o seguinte: 'Quero trazer à memória o que me pode dar esperança'. Qual é a memória? Poxa, eu tinha tudo no governo Lula, e depois fui enganado".

Schallenberger  pretende também mostrar que nem todo evangélico é extremista e que está preparado para perguntas delicadas sobre homofobia e legalização do aborto durante o programa." vamos desconstruir os ataques. Quando falarem de família, eu disse ao Lula: 'Presidente, o senhor foi casado 47 anos com a mesma esposa (Marisa Letícia), e Bolsonaro está na terceira'. Não vamos fugir da pauta aborto, mas temos que separá-la: o Lula pai, avô e filho é contra, mas o Lula presidente precisa ouvir, conversar, até porque não é uma pauta unilateral, depende do Congresso".

BNews

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