Último debate entre Lula e Bolsonaro é marcado por ataques e comparações de governos; veja destaques

O embate foi transmitido, na noite desta sexta-feira (28), pela TV Globo e mediado pelo jornalista William Bonner

O último debate entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) foi marcado por ataques entre eles e comparações dos governos. O embate foi transmitido, na noite desta sexta-feira (28), pela TV Globo e mediado pelo jornalista William Bonner.

Entre os temas abordados no debate, estão: a prisão do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), que atacou policiais federais, o aborto, o mensalão no governo de Lula, as “rachadinhas” de Bolsonaro e da família, e a compra de viagra pelo governo federal para as Forças Armadas.

No final do primeiro bloco, ao terminar uma fala, Lula, que estava próximo de Bolsonaro, se afastou em direção à bancada. Nesse momento, Bolsonaro pediu para o candidato do PT ficar mais próximo dele. “Fica aqui, rapaz”, pediu o candidato do PL. “Não quero ficar perto de você”, respondeu o petista.

Veja os destaques:

Acusações de corrupção

Durante o debate, Lula lembrou, mais de uma vez, a compra de imóveis com dinheiro vivo pelo presidente e seus parentes, e as suspeitas de rachadinha que pesam sobre os membros da família Bolsonaro que estão na política. O petista ainda citou o esquema de propinas no Ministério da Educação no atual governo, e os decretos de sigilo de 100 anos. Já Bolsonaro disse o ex-deputado federal Roberto Jefferson era “amigo da roubalheira” de Lula, e ressaltou que o ex-parlamentar foi o delator do esquema do mensalão.

Prisão de Roberto Jefferson

Foi Lula quem puxou a discussão sobre a prisão de Roberto Jefferson. Disse que o ex-deputado era “homem de confiança” de Bolsonaro. Também declarou que Bolsonaro “mandou o ministro” da Justiça, Anderson Torres, ir ajudar o ex-parlamentar. O petista afirmou ainda que, se um negro da favela fizesse o que Jefferson fez, Bolsonaro teria “mandado matar”.

Salário-mínimo

Tema da campanha nos últimos dias, o salário-mínimo também virou assunto no debate desta sexta-feira. Bolsonaro prometeu, se reeleito, que o novo salário-mínimo será de R$ 1,4 mil. Também reclamou que a campanha petista mentiu ao dizer no horário eleitoral que ele, se reconduzido, não reajustará o salário e cortará férias e horas extras. Lula lembrou que o próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou que o salário poderia ser corrigido abaixo da inflação. Disse ainda que, em quatro anos, o governo Bolsonaro não deu aumento real aos trabalhadores. “A verdade nua e crua é que o salário-mínimo dele (Bolsonaro) hoje é menor do que quando ele entrou”, afirmou o petista.

Viagra para Forças Armadas

Os candidatos à Presidência falavam sobre saúde quando Lula questionou a compra de Viagra por parte do atual governo para as Forças Armadas. “Sabe o que você poderia explicar ao povo? Por que comprou 35 mil caixas de Viagra para dar para as Forças Armadas?”, questionou o petista. “Lula, o viagra é usado para vários tratamentos”, justificou Bolsonaro, ao questionar: “Você não usa viagra?”.

Aborto

O aborto também virou pauta no debate eleitoral. Lula recordou que Bolsonaro, quando ainda era deputado federal, defendeu a “pílula de aborto” para diminuir a taxa de natalidade e combater à desnutrição. O presidente disse que era um discurso de 30 anos atrás e que teria mudado. Bolsonaro chamou o ex-presidente de “abortista”. Lula se defendeu e afirmou que ele e suas esposas também eram contra o procedimento.

Comentários


Instagram

Facebook