Anvisa aprova medicamento da Astrazeneca para prevenir Covid

Evusheld é primeiro medicamento autorizado no Brasil para evitar a doença

Foto: Divulgação


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta quinta-feira (24), o uso emergencial e temporário, em caráter experimental, do medicamento Evusheld, produzido pela AstraZeneca, contra a Covid-19.

De acordo com a Anvisa, trata-se do primeiro medicamento com indicação profilática autorizado no Brasil. De acordo com a diretora relatora do processo, para a avaliação, foi considerado que as pessoas imunocomprometidas são mais propensas a ter uma resposta imunológica menor à vacinação contra a Covid-19. Além disso, elas também são as mais vulneráveis a desenvolverem infecção na forma grave.

Esse é o sétimo medicamento autorizado no Brasil para tratamento da Covid-19. A decisão aconteceu após votação unânime da diretoria colegiada da Anvisa.

 

Sobre o medicamento

O medicamento Evusheld, anteriormente conhecido como AZD7442, é uma combinação de dois compostos (tixagevimabe e cilgavimabe) derivados de células B doadas por pacientes convalescentes de Covid-19.

Descobertos pelo Vanderbilt University Medical Center e licenciados para a AstraZeneca em junho de 2020, os anticorpos monoclonais se ligam a locais distintos na proteína Spike do SARS-CoV-2 e foram otimizados pela AstraZeneca.

Atualmente o cilgavimabe + tixagevimabe possui aprovação para uso emergencial pela Food and Drug Administration dos Estados Unidos (FDA), assim como pelas autoridades reguladoras da França, Israel, Itália, Barein, Egito e Emirados Árabes Unidos. O Evusheld ainda está em análise pela Agência Europeia de Medicamentos.

 

Indicação de uso

No que diz respeito à forma de apresentação e aplicação, o medicamento é composto por dois frascos, para aplicação intramuscular.

A autorização de uso emergencial do medicamento prevê a indicação para profilaxia antes da exposição à Covid-19, em indivíduos adultos e pediátricos (com 12 anos de idade ou mais, pesando pelo menos 40 kg).

Os pacientes aptos não devem ter tido uma exposição recente conhecida a um indivíduo infectado com o SARS-CoV-2. Além disso, devem apresentar comprometimento imunológico moderado a grave devido a uma condição médica ou ao recebimento de medicamentos ou tratamentos imunossupressores.

O medicamento também será indicado para quem a imunização com qualquer vacina contra a Covid-19 disponível não seja recomendada, devido a histórico de reação adversa grave ou alergia a algum componente da vacina contra a Covid-19.

De acordo com a bula de uso emergencial, o Evusheld não está autorizado para o tratamento da Covid-19 ou para a profilaxia pós-exposição de Covid-19 em indivíduos que tenham sido expostos a sujeitos infectados com SARS-CoV-2. A profilaxia com o medicamento antes da exposição ao vírus não substitui a vacina.

CNN Brasil

Comentários


Instagram

Facebook