Morte do influencer e policial trans, Paulo Vaz, evidencia a crueldade na internet
Foto: Reprodução/Instagram
Famosos como o ator Hugo Bonemer, a drag Ikaro Kadoshi, a cantora Liniker e a ex-BBB Ariadna Arantes lamentaram a morte de Paulo Vaz. O influenciador digital, também conhecido como Popo Vaz, foi encontrado morto na segunda-feira (14). Tinha 36 anos.
Mineiro, ele ganhou fama na internet com relatos em vídeo de sua trajetória como homem transexual. A beleza e o carisma o transformaram em ‘muso trans’. Chegou a fazer trabalhos como modelo. Tinha quase 200 mil seguidores no Instagram.
Era casado com o youtuber e militante gay Pedro HMC, do canal ‘Põe na Roda’. Formavam um dos casais mais famosos e admirados da comunidade LGBTQIA+ de São Paulo. Juntos, atuavam contra a homotransfobia e a heteronormatividade na sociedade.
A morte trágica de Paulo Vaz acontece 1 dia após um vídeo de Pedro surgir nos Stories do perfil dele no Instagram. A cena íntima com um ator pornô viralizou principalmente no Twitter. Surgiu uma onda de ataques transfóbicos contra Popo, que teve sua masculinidade contestada por haters, como se ele não fosse "homem suficiente" para seu marido.
Esse fluxo nefasto de deboche e depreciação teria afetado profundamente a saúde mental do influenciador trans, que já havia sofrido crises de depressão. O cyberbullying está entre os principais gatilhos de transtornos emocionais entre os LGBTs.
Após a notícia da morte se espalhar na internet, vários ativistas pediram que os internautas sejam empáticos e não responsabilizem Pedro HMC pela tragédia. Afinal, ninguém tem o direito de julgar as ações de nenhum deles.
Além de influenciador e ativista, Paulo Vaz era investigador da Polícia Civil. Os jovens transexuais brasileiros perdem uma de suas maiores referências e importante defensor de seus direitos.
Foto: Reprodução/Instagram
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