Não é processo! Advogado de Mendigo de Planaltina explica interpelação contra Deolane

Doutora terá que se explicar em juízo após insinuar que Givaldo teria cometido crime de estupro de vulnerável contra mulher com quem teve relação sexual

Foto: Deolane Bezerra Givaldo Alves/Reprodução


Givaldo Alves, o ‘Mendigo de Planaltina’, compartilhou nos stories de seu Instagram um recibo de protocolo de uma petição feita por seu advogado, Mathaüs Agacci, contra a influenciadora digital e também advogada, Deolane Bezerra. Mas ao contrário do que muitos acham, não se trata de uma ação judicial contra a doutora. Pelo menos não ainda.

A defesa de Givaldo entrou com uma interpelação contra Deolane, para que ela explique em juízo suas alegações feitas em vídeos publicados nesta quarta-feira (6), nos stories do Instagram, quando rebateu o pronunciamento do agora ex-sem-teto.

Ele havia dito que ambos tem algo em comum: o fato de terem conquistado fama após tragédias. No caso dele, a agressão que sofreu de um personal trainer, após fazer sexo com uma mulher casada. No dela, a morte de seu então noivo, o funkeiro MC Kevin.

“A gente ingressou em favor do Givaldo, hoje pela manhã, com essa interpelação judicial. Isso nada mais é que um pedido de explicações em juízo. Qualquer cidadão que se sinta ofendido com a manifestação de alguém, que possa caracterizar o crime de calúnia, difamação ou injúria, pode pedir que essa pessoa se explique em juízo”, explica Mathaüs Agacci.

Ainda de acordo com o advogado, Givaldo quer que Deolane justifique o termo ‘estupro de vulnerável’ usado em sua fala, insinuando que ele teria cometido tal crime. “Na manifestação da Deolane, ela sugere que teria ocorrido o crime de estupro de vulnerável, mas ela não afirma isso categoricamente. Sobre esse ponto, especificamente, depois que ela explicar em juízo, iremos avaliar se entraremos, de fato, com uma ação judicial contra ela ou não”, diz.

“Antes de ingressar com a ação se faz necessário essa explicação dela em juízo, até porque ela pode querer se retratar. E a partir daí a gente avalia se houve o crime de injúria, calúnia ou difamação”, completa Agacci.

A coluna de Fábia Oliveira ainda questionou ao advogado o fato de Deolane ter se disponibilizado a ser assistente de acusação contra Givaldo, caso a advogada que representa o personal e a mulher com quem o mendigo teve relações sexuais precise. Segundo Agacci, Deolane se equivocou ao se prontificar desta forma.

“A figura de assistente de acusação só vai existir depois de recebida a denúncia. Ou seja, não existe falar em assistente de acusação, inclusive é até um equívoco técnico da parte dela falar disso quando o caso ainda está em fase de investigação no inquérito policial. Até porque no inquérito policial instaurado em Planaltina, o Givaldo é vítima (das agressões do personal). Em nenhum momento ele está sendo investigado por algum crime”, ressalta ele.

Caso venha a entrar com uma ação judicial contra Deolane Bezerra, Mathaüs Agacci listou as possíveis acusações que podem pesar contra a doutora. “Às vezes, quando a pessoa fala em um único vídeo, ela pode cometer mais de um crime. Por exemplo, a Deolane utiliza a palavra ‘escroto’ (no vídeo), isso é injúria. Quando ela fala que é estupro de vulnerável já é calúnia. E difamação porque ela fala muita coisa sobre a vida dele e mancha a honra dele”, finaliza o advogado.

A coluna de Fábia Oliveira também procurou a assessoria de Deolane Bezerra, que informou que a doutora não irá se manifestar sobre o assunto, pois ainda não foi notificada sobre a interpelação. Ela só falará somente após ser oficialmente citada.

Fábia Oliveira/Em OFF

 

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