PGR defende que STF rejeite pedidos para investigar diretor da PRF e ministros de Bolsonaro

O parecer da PGR defende que os pedidos de investigação não apresentam "elementos concretos e reais" de uma organização criminosa que atenta contra a democracia

A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu, na última quinta-feira (17), que o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeite os pedidos de investigação envolvendo as condutas do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, do ministro da Justiça, Anderson Torres, e do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.

O STF foi acionado por parlamentares e juristas para apurar a atuação de Torres e Vasques nos episódios das blitze realizadas em ônibus que transportavam eleitores no dia do segundo turno das eleições e nos bloqueios ilegais promovidos por bolsonaristas em rodovias e estradas.

Já o pedido de afastamento do ministro Anderson Torres tem relação com as supostas manifestações e comportamentos que colocariam em dúvida a lisura do processo eleitoral.

O parecer da PGR defendeu que os parlamentares e a associação não têm poder para fazer os pedidos apresentados ao STF. O texto afirma ainda que os pedidos de investigação não apresentam "elementos concretos e reais" de uma organização criminosa que atenta contra a democracia.

"As novas notitias criminis [notícias-crime] em questão também não trazem fatos a serem contemplados por esta investigação, já que não veiculam elementos concretos e reais de inserção em uma organização criminosa que atenta contra a democracia e o estado de direito", afirmou.

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