URGENTE! Bolsonaro demite diretor-geral da PRF que o ajudou nas eleições

Silvinei Vasques é réu em uma ação de improbidade administrativa por suposto uso indevido do cargo

Foto: Valter Campanato / Agência Brasil


O presidente Jair Bolsonaro (PL) demitiu nesta 3ª feira (20.dez.2022) o diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Silvinei Vasques. A demissão foi publicada em edição do DOU (Diário Oficial da União).

Em 25 de novembro, Vasques virou réu em uma ação de improbidade administrativa por suposto uso indevido do cargo. Ele foi nomeado diretor-geral pelo presidente Jair Bolsonaro em abril de 2021, depois de se aproximar do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Um dia antes do 2º turno, Vasques pediu voto para Bolsonaro. “Vote 22 – Bolsonaro Presidente”, escreveu em uma publicação no seu perfil do Instagram. No dia seguinte, apagou a manifestação política.

Vasques foi destaque no noticiário quando a PRF passou a fazer operações em estradas no dia do 2º turno. O impedimento da circulação dos meios de transporte teria dificultado a ida de eleitores às urnas.

A atuação da corporação também foi questionada quando manifestantes iniciaram bloqueios contra o resultado das eleições.

Em 10 de novembro, a PF (Polícia Federal) abriu inquérito para apurar se Silvinei Vasques teve relação com bloqueios de rodovias e suposta omissão em relação às operações da PRF no Nordeste, em 30 de outubro, data da votação do 2º turno.

O ministro Benjamin Zymler, do TCU (Tribunal de Contas da União), determinou que a esclarecesse eventual omissão no combate aos bloqueios em rodovias depois das eleições.

Na época, o STF (Supremo Tribunal Federal) ameaçou prender o diretor-geral por desobediência se não desbloqueasse as rodovias fechadas por caminhoneiros que questionam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em 15 de novembro, MPF-RJ (Ministério Público Federal no Rio de Janeiro) pediu o afastamento de Vasques por 90 dias. No dia seguinte, o então diretor da PRF pediu férias do cargo sem data para voltar.

Silvinei Vasques, de 47 anos, já foi condenado por agredir um frentista e tem 8 sindicâncias em sigilo. Ele é integrante da PRF desde 1995. Em sua gestão, a PRF passou a priorizar organizações de combate ao tráfico, em vez de fiscalização de rodovias. 

Poder 360

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