CONQUISTA: Com auxílio de um drone, agentes de endemias conseguiram identificar mais de 500 focos do Aedes aegypti no município
Com o aumento dos casos de dengue e chikungunya nos últimos dois meses, em Vitória da Conquista, a Prefeitura intensificou as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor dessas doenças. Uma nova ferramenta adotada para ajudar nesse serviço foi o drone, que tem ampliado o olhar dos agentes de endemias nos locais onde eles não conseguem acessar – como reservatórios de água em cima de casas e prédios, terrenos baldios fechados, casas abandonadas, dentre outros.
O serviço, que é pioneiro no estado da Bahia, começou a ser operado no município no início deste ano e já foi sobrevoada uma área de cerca de 366 hectares, ou 3,66 km². Foram mapeadas áreas de algumas localidades que apresentaram altos índices de infestação do mosquito, dentre eles, os bairros Flamengo, Nossa Senhora Aparecida, Sumaré, Urbis VI, Santa Cruz e o distrito de São João da Vitória. Nesses locais foram encontrados mais de 500 focos do mosquito.
O Centro de Controle de Endemias (CCE) também recebe denúncias de pessoas que relatam situações de risco vistas na vizinhança e o drone também é utilizado para fazer a averiguação desses locais. Denúncias já foram atendidas nos bairros Brasil, Ibirapuera e no Centro da cidade.
“O drone tem ajudado os agentes a enxergar esses lugares que, muitas vezes, não tem como eles chegarem. Às vezes percebemos um número alto de notificações em uma localidade, mas não encontramos o foco de reprodução do mosquito para fazer o bloqueio e o drone nos dá essa visão aérea para que a intervenção possa ser feita diretamente no local do criadouro e, na maioria das vezes, são em reservatórios de água abertos”, explicou Gabriela Andrade, coordenadora do CCE.
A partir das imagens obtidas pelo drone, os agentes vão diretamente ao local abordar o proprietário do imóvel para fazer o tratamento da água ou a eliminação do criadouro. Em algumas situações, pastilhas de larvicidas são acopladas no drone e depois lançadas dentro do reservatório. As pastilhas se dissolvem na água e 40 minutos após o tratamento não há mais efeito tóxico ou prejudicial à saúde, caso haja utilização daquela água para consumo.