Publicitário de renome nacional, Fernando Barros lamenta mercado raquítico na Bahia
Foto: Metropress
Publicitário baiano de renome nacional, Fernando Barros lamentou, em entrevista ao MetroPod, a perda da força da publicidade na Bahia. Responsável pela campanha política que elegeu Antônio Carlos Magalhães ao governo do estado em 1990, ele classificou o mercado publicitário baiano como "raquítico".
"O que tornou o nosso mercado tão raquítico, mais do que fraco, é não haver mercado. Então não teve crescimento industrial, teve um enfraquecimento do próprio polo petroquímico, e o mercado imobiliário é consequência, então não esta tendo. E nós, na Bahia, infelizmente não encontramos modelos de gestão que fossem capazes de estimular quem viesse investir aqui", avaliou.
Barros relembrou um momento mais propício para o mercado baiano, quando, dez anos de encerrar as atividades no estado, a concessionária Ford instalou uma fábrica em Camaçari. "Tivemos um bom momento, quando a Ford veio. Quando Paulo Souto era governador, foi quase bom. Mas, na sequência, desarrumou-se tudo porque não houve uma arrumação de juízo para desenvolverem-se os negócios, a indústria, o comércio. Era basicamente tudo dependendo do que fosse doado, dado, do que viesse de fora", falou.
Mesmo com todos os problemas, o publicitário explicou a manutenção de uma unidade da sua agência de publicidade, a Propeg, em Salvador. Aqui a gente concentra a unidade ativa, que socorre as outras unidades. Como tem certa facilidade de contar criativos bons, juntamos eles aqui. Mas se depender do próprio mercado para sustentar uma estrututa cara como a da Propeg, de jeito nenhum, não justifica. Nós entramos nesse pau de arara e saímos para outros estados porque encontramos negocios em outros estados".