Em cerimônia, Chico Buarque diz que Bolsonaro teve rara fineza de não sujar seu prêmio Camões

O cantor e compositor havia sido selecionado para receber o prêmio em 2019, mas isso não aconteceu porque o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se recusou a assinar o diploma oficial

Foto: Reprodução/Ricardo Stuckert/PR


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entregou ao cantor e compositor Chico Buarque, nesta segunda-feira (24), o prêmio Camões, láurea literária para produções da língua portuguesa. A solenidade ocorreu no Palácio de Queluz, em Portugal.

O artista havia sido selecionado para receber o prêmio em 2019, no entanto, isso não foi possível por conta da resistência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em assinar assinar o diploma oficial da láurea. O ex-mandatário deu deu a entender que só faria isso em 2026, caso se reelegesse.

"Conforta-me lembrar que o ex-presidente [Bolsonaro] teve a rara fineza de não sujar o diploma do meu prêmio Camões, deixando espaço para a assinatura do nosso presidente Lula", declarou o cantor. "Felizmente que ele [Bolsonaro] se recusou a assinar, porque agora temos uma festa em dobro. E esse é um prêmio que é para todos nós. É um prêmio da língua portuguesa", concluiu.

Em seu discurso, Lula celebrou a conquista de Chico e condenou a postura da gestão anterior. "Hoje, para mim, é uma satisfação corrigir um dos maiores absurdos cometidos contra a cultura brasileira nos últimos tempos. Digo isso porque esse prêmio deveria ter sido entregue em 2019 e não foi. Todos nós sabemos por quê."

Chico em Salvador

Ao retonar para o Brasil, o cantor seguirá para Salvador, onde finalizará sua turnê ‘Que tal um samba?’. O espetáculo está previsto para acontecer na capital baiana entre os dias 28 e 30 de abril, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves. Os shows também contarão com a presença da cantora Mônica Salmaso, artista convidada da turnê.

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