“Retiramos frutas não saudáveis, agora é continuar com a programação para termos uma bancada forte MDBista em 2025”, diz o presidente municipal do MDB, Paulo Maurício
Vereadores do partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB) foram expulsos pela Comissão de Ética do partido na última terça-feira (20), por apoio a atual prefeita Sheila Lemos (União Brasil).
Os vereadores Adinilson Pereira, Luís Carlos Dudé e Edjaime Rosa de Carvalho (Bibia) receberam o resultado da decisão na terça, mas já estavam cientes da possibilidade desde o ano de 2023, quando processos de expulsão por “indisciplina partidária” foram abertos.
O presidente municipal do MDB, Paulo Maurício, em entrevista à Mega confirmou a expulsão dos vereadores por não seguirem as diretrizes do partido.
“Os vereadores Bibia, Dudé e Adinilson foram expulsos do partido (MDB) por infidelidade partidária. O partido, através da Comissão de Ética Estadual, decidiu pela expulsão entendendo que eles não estão de acordo com as orientações e posições políticas da legenda no município de Vitória da Conquista”.
Sobre a movimentação política para as eleições deste ano, Paulo Maurício é enfático ao afirmar o apoio que deve ser depositado na pré-candidata Lúcia Rocha (MDB).
“Nós do MDB pretendemos eleger de cinco a seis vereadores ou até mais, impulsionado pela pré-candidatura da nossa futura prefeita Lúcia Rocha. Já os infiéis devem procurar outra legenda para se filiarem, caso queiram disputar a eleição de 2024”.
“Retiramos frutas não saudáveis, agora é continuar com a programação para termos uma bancada forte MDBista em 2025.” completa.
Paulo Maurício ao lado de Lúcio Vieira Lima, presidente de honra do MDB estadual
Foto: Arquivo pessoal
O vereador Edjaime Rosa de Carvalho (Bibia) também falou sobre a expulsão em entrevista à Mega. Ele pontuou que desde a eleição de Herzem Gusmão (MDB) no primeiro mandato (2017-2020) e em sua reeleição, no qual a atual prefeita Sheila Lemos era vice em sua chapa e assumiu como chefe do executivo após a morte de Herzem Gusmão, em março de 2021, logo no início do segundo mandato, esteve ao lado da coligação e que não era agora que mudaria sua posição.
“Não era justo, eu que trabalhei juntamente com Herzem Gusmão e com a vice-prefeita, que é Sheila Lemos, e eu votasse para ser contra a prefeita. Todos os projetos (do executivo), por obrigação, eu tenho que apoiar”.
Ao ser questionado de o porquê não apoiar a colega de partido Lúcia Rocha, que é pré-candidata ao executivo nas próximas eleições, o vereador pontuou que continuará marchando com Sheila Lemos, pois Lúcia é apenas pré-candidata.
“Não tem por que eu sair da prefeita aqui agora pra apoiar Lúcia, que é pré-candidata. Lúcia não é prefeita de Conquista, é pré-candidata ainda”.
O vereador comenta que o partido poderia ter esperado as janelas partidárias, que abrem em 7 de março e vão até 5 de abril, para negociar sua saída.
“Quando abrisse a janela, sentava e conversava com a gente pra ver pra onde a gente queria, se íamos disputar no MDB ou em outra sigla partidária. Mas adiantaram. Quando adianta é porque está insatisfeito com o mandato e aí a gente não pode fazer nada, porque quem tem a caneta na mão é o presidente do partido, presidente estadual e o presidente municipal, o qual o presidente municipal já tinha nos notificado aqui em Vitória da Conquista e nós já respondemos a altura a ele”
Quando questionado sobre seus planos futuros ou em qual partido se filiará, o vereador disse ainda que tem propostas, mas não definiu nada.
“Ainda não tenho partido, eu tenho ofertas de partidos aqui em Vitória da Conquista, mas não tenho partido. Hoje eu sou vereador sem partido. Até abrir a janela, eu não vou entrar em nenhum, não vou procurar partido para me filiar agora, antes de abrir janela, pois somos assegurado pelas leis, pela justiça.”
Na tentativa de contato, os vereadores Adnilson e Luís Carlos Dudé não quiseram falar sobre a expulsão do partido, pois, segundo eles, ainda não tinham recebido a notificação e que esperariam para dar declarações.
Adinilson Pereira estava no partido há dois mandatos, Luís Carlos Dudé e Edjaime Rosa de Carvalho (Bibia) estavam há um mandato.