Dos 309 cursos de medicina avaliados pelo Ministério da Educação (MEC) em todo o Brasil, apenas seis alcançaram a nota máxima (5) no Conceito Preliminar de Curso (CPC), principal indicador da qualidade do ensino superior no país. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (11) e fazem parte da avaliação de cursos realizada em 2023 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), órgão vinculado ao MEC.

A análise considera diversos critérios, incluindo o desempenho dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), a percepção dos alunos sobre o curso, a qualificação do corpo docente e a infraestrutura das instituições, como bibliotecas e laboratórios. A nota do CPC varia de 1 a 5. Os conceitos 1 e 2 são considerados insatisfatórios, 3 é regular e 4 e 5 são satisfatórios. A nota 5 representa o nível máximo de excelência.

Entre os cursos de medicina avaliados, 24 receberam nota 1 ou 2, sinalizando qualidade abaixo do esperado. A maioria ficou com notas intermediárias — 3 ou 4 — e apenas seis cursos, em todo o país, conseguiram atingir a nota máxima. Além de medicina, o INEP avaliou quase 10 mil cursos de graduação em áreas como saúde, engenharias, arquitetura e urbanismo, e cursos superiores de tecnologia.

Na área de engenharia civil, por exemplo, dos 917 cursos analisados, nenhum recebeu nota 1. No entanto, 94 cursos obtiveram nota 2 e 38 alcançaram nota 5. A avaliação do CPC é realizada periodicamente e tem como objetivo oferecer transparência sobre a qualidade dos cursos superiores ofertados por instituições públicas e privadas no Brasil. 

*Com informações do site do G1