Ato nacional Mulheres Vivas realiza mobilização contra o feminicídio em Vitória da Conquista neste domingo (7)
O movimento nacional “Mulheres Vivas” realizará uma mobilização em Vitória da Conquista neste domingo (7), a partir das 9h. O ato ocorrerá na Feirinha do Bairro Brasil e integra uma agenda de manifestações convocadas em diversos estados do país. O objetivo do evento é protestar contra o aumento dos índices de feminicídio, agressões físicas e crimes de misoginia, além de cobrar a efetividade das políticas públicas de proteção à mulher.
De acordo com dados do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), o estado registrou 85 casos de feminicídio entre janeiro e outubro de 2025. O número coloca a Bahia na terceira posição entre as unidades federativas com maior incidência de assassinatos de mulheres, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais. Em âmbito nacional, foram contabilizados 1.177 feminicídios no mesmo período.
Estatísticas do Sistema Nacional de Segurança Pública, divulgadas neste ano, apontam que quatro mulheres são assassinadas por dia no Brasil. O levantamento indica um recorte racial na violência, com 63,6% das vítimas de feminicídio sendo mulheres negras. Em relação aos crimes contra a dignidade sexual, houve um crescimento de 25,8% nos casos de estupro nos últimos cinco anos, totalizando 83.114 vítimas em 2024. A região Sudeste concentrou o maior número absoluto de casos, enquanto a região Norte apresentou o maior percentual de crescimento.
Cenário local e regional
A organização do ato destaca a incidência de violência na região Sudoeste, citando casos como o da estudante Sashira Camilly, ocorrido em 2021 em Vitória da Conquista, e o recente assassinato de Edlane Luz, no município de Planalto. Dados referentes a 2021, divulgados pelo portal G1, mostram que Vitória da Conquista registrou 1.857 ocorrências de violência contra a mulher naquele ano, resultando em 2.840 inquéritos remetidos ao Judiciário, 814 solicitações de medidas protetivas e 150 prisões de agressores.
O manifesto divulgado pelo Levante Mulheres Vivas justifica a mobilização diante do cenário estatístico. “Não podemos nos omitir diante da grave constatação da epidemia sistemática do aumento da violência contra as mulheres”, declara o texto oficial do movimento.
A convocação para o ato estende-se a mulheres de diversos segmentos da sociedade civil, incluindo integrantes de movimentos feministas, grupos religiosos e a população em geral. A pauta da manifestação inclui a exigência de respeito e a defesa da vida.







