Dando as boas-vindas (e já me sentindo muito bem-vinda!)

Por Lays Macedo

 

Eu juro que, ao começar minha faculdade de Jornalismo pela Uesb, lá em 2007, jamais imaginei que, para mim, escrever uma coluna sobre mulheres sairia da esfera do senso comum de beleza e moda, fofocas e culinária, relacionamentos e sexo centrados em seduzir homens etc. etc. etc.. Pois bem! Aqui estou… Com esta proposta de falar sobre o assunto num ângulo diferente (e vai poder até ter beleza e moda, fofocas e culinária e relacionamentos e sexo - aqui, já pautados por mulher mesmo).

“Ah, mas é muito específico falar de mulheres, sei quê lá…”

Se você é mulher, é importante falar/ouvir sobre sua existência, seus direitos, suas situações sociais. Se você é homem (ou intersexo*), você, inevitavelmente, constrói relações diversas com seres mulheres - segundo dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) 2019, o número de mulheres no Brasil é superior ao de homens: 48,2% de homens e 51,8% de mulheres -, logo, faz todo sentido ser informado também.

Como este é o meu primeiro texto por aqui, vou falar um pouco sobre uma mulher muito importante na minha trajetória: eu mesma, Lays - com “y” - Macedo, jornalista por formação (e amor, pois não há muito de grana nesta área para mortais), pisciana (sim, converso sobre astrologia e poderes de ervas em mesas de bar), nascida e criada em Vitória da Conquista (valeu meu Alto Maron!), notadamente feminista (mas não de vitrine “girl power”! Sou mais metida a pesquisadora), mulher branca em (r)evolução, curiosa, grande e faladeira. Ah! E dona do perfil @docedepimentas lá no Instagram.

A partir de hoje, entrando neste projeto, sei que mais de mim será exposto, apesar de não ser este o meu objetivo, será inevitável. O processo da escrita dá voz a quem o constrói, e serei eu falando de nós, aprendendo e desaprendendo com minhas contradições. E quero mesmo o maior alcance possível neste “nós”! Abordando este tema tão especulado por cargas idealizadas e atravessado por compreensões distorcidas de um grupo, em regra, dominado e excluído. Empolgada estou? Lógico! Já disse que sou faladeira! Com receio estou? Lógico! Mulher é pauta política (esquece disputa de partido aqui neste conceito!), sem espaço na construção social, apagada historicamente e é luta plural e constante. Nem sempre agrada questionamento e enfrentamento à “ordem natural” das coisas. Mas… “tamo aí pra isso”! Vamos juntas? E juntos?

*Intersexo é referência à pessoa que nasce com diferentes tipos de variações biológicas em suas características sexuais, que não se encaixam nas típicas definições de feminino ou masculino. A anatomia intersexual tem causas genéticas, por exemplo, pessoas que têm características sexuais externas femininas, mas cuja carga genética é masculina.

Foto: Arquivo Pessoal


Lays Macedo

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