CENSURA E MAL GOSTO NÃO MERECEM OSCAR!
Foto: Freepik
Por Laís Souza
Dos privilégios que a semana ofereceu para nós que permeamos a audiência pública com o direito garantido de acesso à informação, talvez o “cala boca já morreu” foi a expressão que mais se amplificou.
Quando a justiça é injusta, a direção é não retroceder nem temer multa de R$ 50 mil reais. Para comprar o silêncio, o juiz parcial do TSE, que liberou outdoor pago com dinheiro público mas quis silenciar manifestações eleitorais no festival, deveria saber que não tem preço o poder da união entre os diferentes com um único propósito.
O LollaPalooza, maior festival de música alternativa que temos, reunindo em São Paulo artistas importantes no Brasil e no mundo, voltou mais alinhado do que nunca após anos de isolamento. Do dia 25 ao 27, nossa história foi cantada entre música, representatividade e posicionamento contra o que nos leva e nos traz a tempos sombrios.
Com bandeira ou no telão, na voz e no grito: “censura não”. Ditadura nunca mais!
“Olê, olê, olá” - Loola ou “Lula”, tanto faz o tom da torcida quando o desejo é o mesmo: #Fora a quem deve tomar naquele lugar…
Por sua vez, Will Smith, no final do segundo tempo do domingo, sendo impulsivo na decisão de fazer valer o respeito ao limite (patológico) da esposa, levou o primeiro Oscar de melhor ator por encenar a história de um pai que lutou, acreditou e alcançou: King Richard. Não há Academia de Belas Artes que retire o mérito, da carreira e do tabefe no que não se tem direito no humor: fazer alguém sem graça enquanto outros riem.
Vale lembrar que ato de violência algum seja prova de amor, mas talvez seja tempo de compreender no deslize de alguém por quem temos estima que para discursos que perpetuam a exposição, neste caso, da mulher negra ao ridículo a começar pelo cabelo (ou falta dele), exista o quê de legítima defesa.
Inclusive não deveríamos rir quando, mesmo após apanhar tanto, um mendigo bem articulado expõe tanto das intimidades em um ato. Mas quem não deslizou? Mão na direção, mão no carinho e mão na consciência. Estamos perdendo a mão, especialmente no que permeia traição!
Nem Shonda Rhimes, na ficção da segunda temporada de Bridgerton, mostrando igualdade de um jeito que a História não proporcionou, foi capaz de significar tamanho empenho no desejo por mais justiça, paz, amor e tempos de Glória (groove também!).
De marco em marco essa semana mais marcou que nos premiou.
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Sobre a autora: Jornalista-marketeira-publicitária comunicando em redes sociais de segunda a sexta. Escritora e viajante nas horas vagas e extras. Deusa, louca, feiticeira com trilha sonora em alta. Leitora, dançarina e comentarista por esporte sorte. Vamos fugir!
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Laís Sousa
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