DECEPÇÃO COM O GADO DE SEMPRE
Foto: Divulgação
Por Laís Sousa
Ainda não digeri o “pintou um clima” com *garotas* venezuelanas, nem o “seu Paulo Freire não deu certo”. Não é à toa que a campanha do dito cujo investiu para defendê-lo de suas próprias palavras ped*filas e, com mau uso do português, acabaram confirmando o perfil criminoso de mais um desses “tiozões” que nos constrangem enquanto mulheres desde muito novas...
Não digeri um tanto de coisa que é simplesmente intragável e me faz não saber como explicar a tanta gente, que fechou a mente, como deveria se importar com os outros.
João (Guilherme), Júnior (Lima), Leonardo (Gonçalves), Tiago (Arrais), Kleber (Lucas) dentre tantos outros que não se isentaram contra o falso Messias que fere (ironicamente) famílias e igrejas - a base de sustentação das questionáveis defesas -, eu entendo que o desacordo não é meramente político. O que separa, decepciona e divide é sobre humanidade, sobre viver em sociedade, sobre não dar para conciliar egocentrismo com fraternidade.
Não dá pra digerir os gritos e urros de macaco e “mito” para Seu Jorge no berço lá do Sul. Crime nunca será uma questão de opinião. Racismo não cabe no “respeito a democracia e liberdade de expressão”, muito menos ao “bem” de qualquer cidadão.
Não dá para visar isenção de impostos e perdão de dívidas milionárias chamando o “time” da oposição de corrupto. Assassino não vira ex, como se torna um presidiário. Além de que, prisão militar não é esconderijo em armário. Há muita hipocrisia em defender a “família”, mas cantar a vida de bebedeira e traição.
Diga-me quem apoias e eu falarei sobre manchar a reputação da bandeira brasileira em vão. Diga-me onde está Deus quando direito de resposta é espalhado como censura na prática de falso testemunho do pastor. Ações de mentira inundam o Twitter visando descreditar a Justiça Eleitoral. A emissora que se diz Jovem enquanto conserva posturas primitivas com práticas ilegais contrária à regulamentação. Quanto desespero, quanta desinformação!
Respeitem o patrono da Educação, respeitem as crianças, os irmãos, respeitem os pensantes e intérpretes deste país e não precisarão fazer live de madrugada para justificar o injustificável da consciência pesada. Acusar outros de burlar provas que foram apenas registradas nos deslizes e descuidos das próprias falas?! Isso é conversa para boi dormir, ou mugir por aí!
Se forem defender que “não concordam com tudo que é dito e feito”, analisem bem se dá para apoiar em alguma parte… pra roubo e corrupção tem sentença e pena, para má conduta e mau caráter não.
Não se brinca com uma nação… não se desdenha dos pobres e nordestinos acreditando que compra o voto com as “migalhas” em véspera de eleição. É receber o que é dado e votar contra, mermão!
Não se governa sem plano ou propostas, baseado em medo, mentira e manipulação. Quem estudou o mínimo não engole a questão do comunismo, mas teme terminantemente o flerte com tirania e neonazism*.
E hoje eu permaneço ansiosa, não só pela semana que ainda falta para não fugir à luta democrática, mas pelo meu primeiro show do ícone Zé Ramalho. “Êh, oô, vida de gado, povo marcado êh, povo feliz” na ponta da língua e a sensação de que o gado que passeia por aqui é de um tudo, menos admirável.
Ansiosa porque a felicidade não demora a chegar. Porque, nem de cervejinha eu gosto, mas quero que todo mundo que gosta possa tomar. Quero a insatisfação da burguesia fritando ao ver ocupação em todo lugar e a consciência de classe dos medianos, que não voam e nem podem flutuar.
Que além de carne e soja, a gente exporte conhecimento e fuja da ignorância, porque não somos minoria e temos muito potencial para desperdiçar desmatando e pastando…
No mais, estou indo embora, e deixo a reflexão: sinônimo de amor é amar!
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Sobre a autora: Jornalista-marketeira-publicitária comunicando em redes sociais de segunda a sexta. Escritora e viajante nas horas vagas e extras. Deusa, louca, feiticeira com trilha sonora em alta. Leitora, dançarina e comentarista por esporte sorte. Vamos fugir!
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