AI, aí! ai...
MotagemRemini: AI me levando de volta para o passado
Por Laís Sousa
Se tem uma coisa que marcou essa semana foi a trend da AI nas redes sociais: geral compartilhando a versão artificial e a de seus propensos filhos gerados apenas no universo da inteligência através do app Remini. Gente cobrando o futuro e outros viajando no que poderiam ser ou ter sido. Como essa grande brincadeira chegou aí?
Isso viralizou a ponto de conseguir “encher o saco” da Anitta que, numa lua de mel fora de época, anda sendo chamada de “esposa” pelo galã italiano Simone Suzina, de quem recebe beijos no pé. Entendeu a proporção? Até a musa que “sabe que venceu” tendo muito o que aproveitar na vida real, marcada em posts da Kim Kardashian enquanto leva o funk para eventos da Dolce Gabbana, foi altamente impactada e se sentiu incomodada com o excesso de superficialidade.
Parece que mais poderosa que a Anitta é a AI, não é mesmo?! Capaz de brincar com o tempo, nos levar ao passado e futuro muito rápido. A inundação não para por aí… não bastasse as imagens, existe um mundo, nem tão exposto e compartilhado, daqueles que se agrupam em refletir. E não, AI não é brincadeira. Somos tomados de 0 a milhão a cada novidade, o que deve nos fazer pensar além e considerar…
A tecnologia, que por muito tempo ficou associada a fake news e golpes na internet, também tem aplicações consideradas “do bem”. Falando a partir do meu universo profissional, a Inteligência Artificial abre caminhos para a propaganda especialmente no que se diz respeito à emoção - revivendo Elis Regina nas telas, por exemplo - e o racional, uma vez que podemos usá-la para análise de dados e no relacionamento direto com o consumidor. O uso da IA expande as possibilidades criativas!
No entanto, não podemos esquecer que com o aperfeiçoamento dessas tecnologias, ficará mais difícil identificar o que é real, e a falta de limites pode derivar no mal uso, ou pelo menos, uso indiscriminado sem nenhum fim proveitoso.
Ressurgem questões como “direitos autorais”, uma vez que antigamente não fazia sentido liberar o direito a sua voz ou seu rosto, pois eles não podiam ser clonados a qualquer momento, né?! Agora que geral pode usar a tecnologia, como nunca antes se tornou necessário discutir a Ética para uso responsável. Racionalizar é humano o suficiente?
Fato é que a AI está evoluindo muito mais rápido que a regulação. Talvez a gente fique desregulado, talvez se regule em arestas… com uma usabilidade inédita, essas ferramentas poderosas prometem transformar também o mercado de trabalho. Só para você ter uma ideia, o Chat GPT* alcançou 100 milhões de usuários em apenas 2 meses, se tornando a ferramenta com a maior adoção em massa da história. Facilitar a comunicação é um rolê que agrada você?
Para mim, significa dizer que, vai ficar cada vez mais difícil acompanhar a simplicidade dos processos. Impossível continuar “como nossos pais”... Mas devemos nos aproximar das atividades e práticas que nos torna cada vez mais humanos. Em questão de autenticidade, legitimidade, naturalidade, espontaneidade, sinceridade, devemos nos tornar insubstituíveis. Seria “burro” ir contra a maré, que saibamos surfar e aprender a cada onda.
A propósito, se for comprar o selo azul, você que não é robô nem nada, saiba que o status da superficialidade está cada vez mais inteligente e empreendedor. Experimenta impactar com conteúdo, responsabilidade e aproveitar a segurança, ao seu tempo!
*O nome "ChatGPT" combina "Chat", referindo-se à sua funcionalidade de chatbot, e "GPT", que significa Generative Pre-trained Transformer, um tipo de modelo de linguagem grande.