Do plágio à expulsão, passando pela derrota: Brasil amarelou!
imagem: rd1
Pelas terras do Pau-Brasil, o futebol, a música e a televisão são fontes inesgotáveis de cultura. Ou o que costumava ser. Ou algo perto disso. Enfim…
Às vezes, essas fontes se encontram em fluxo desembestado de situações que inundam a nação. Ôh semaninha difícil para consumir conteúdo nas redes sociais. Ai ai! Vou tentar resumir a enchente…
Pra começar, quem não conhece Emicida, nosso rapper reverenciado, deveria tomar vergonha na cara e conhecer. Quando ele lançou, em 2019, o álbum "AmarElo - Ao Vivo" prometeu tudo e entregou um pouco mais. Olhei e gritei: obra-prima! O Grammy Latino ouviu, pois o trabalho foi premiado e tudo. A mensagem socialmente consciente, a poesia das letras, a fotografia marcante e o ritmo impecável conquistaram corações sem fronteiras, até porque está disponível na Netflix, né?!
Pois bem, nesta semana, logo que foi lançada a tal música “Magia Amarela”, parceria da queridinha (para quem?) ex-BBB que forçam, e tem se esforçado como cantora, Juliette, com Duda Beat, foram percebidas semelhanças, como o cenário fotográfico, a fonte da arte de divulgação e o conceito geral, com “AmarElo”. Houve então uma chuva de acusações de plágio, até porque a vencedora da edição 21 do reality mais assistido do Brasil e recém-artista já esteve envolvida em uma série de cópias descaradas envolvendo artistas como Pabllo Vittar e Manu Gavassi.
No bafafá, até o irmão e produtor de Emicida, Evandro Fióti, se pronunciou em live sobre como gera ódio ter um trabalho roubado conceitualmente e ainda postou sobre o acionamento jurídico contra apropriação. Foi contado que a marca (não sei se receberei bolacha ou biscoito se citar) que patrocinou o single para reposicionamento no mercado, teria inclusive entrado em contato com o Emicida para fazer parte do projeto, mas não fecharam acordo devido ao cronograma, prazo e questões financeiras. Aí já sabe né?! Pagaram o que quiseram para artistas brancas no lugar…
As águas não pararam de rolar e, no país em que futebol é quase uma religião, a derrota da seleção brasileira em um grande torneio é sempre um golpe doloroso. Quando essa derrota é acompanhada pela lesão de uma estrela (cadente dentro e fora de campo), o burburinho aumenta. Neymar cair e trair não é novidade, mas o fato é que o Brasil perdeu mais um jogo, a seleção não fez feio, fez horrível em campo, e o torcedor não está sabendo lidar com a dor de perder o título de país do futebol. Bola fora e água abaixo.
Como se não bastasse, nos campos d’A Fazenda o feno pegou fogo e rolou expulsão daquela que, segundo quem assiste, já era considerada a campeã desta edição: Rachel Sheherazade. Parece que não é só Silvio Santos que não paga por opinião. O produtor Carelli também não sustentou algumas críticas sinceras e afiadas que a jornalista teceu sobre a dinâmica do reality e a desculpa foi “infração das regras do jogo” numa situação que foi considerada defesa na discussão acirrada com Jenny, em que Rachel empurrou a mãe desprezada por Bia Miranda pela boca. O anúncio ao vivo foi seguido de revolta, gritos em caixa-alta no finado Twitter e atual X, além de derrocada de pagantes do pay-per-view da Record. Vish!
Os casos se misturaram e salgou fofoca no Brasil. Da euforia até a tristeza, do apoio ao debate e da paixão à desilusão. No final das contas, tudo passa, como uma onda no mar. Toca Lulu! De tudo um pouco, de cultura pouco, mas ser brasileiro é também amarelar no caos de vez em quando!
Laís Sousa
Jornalista-marketeira-publicitária comunicando em redes sociais de segunda a sexta. Escritora e viajante nas horas cheias e extras. Deusa, louca, feiticeira com trilha sonora em alta. Leitora, dançarina e pitaqueira por esporte sorte. Vamos fugir!@laissousa_
laissousazn@gmail.com