Das eleições aos cabelos malucos: o furacão da criatividade
Criação AI
A agitação inicial de outubro tem sido uma mistura curiosa de política, natureza e, claro, criatividade infantil. Enquanto os adultos se esbaldam com os resultados eleitorais — aquela dança de vitórias, derrotas e alianças tortuosas que o Brasil parece tão acostumado a fazer — as crianças, alheias ao drama político, estão imersas em suas próprias "eleições". É o mês das mochilas malucas e do famoso "cabelo maluco", transformando a hora da escola em um verdadeiro desfile de ideias extravagantes e, claro, uma competição silenciosa entre os pais. Sim, os pequenos podem até achar que o penteado criativo é por causa deles, mas sabemos que por trás daquele coque com planetas flutuando está o pai – ou na maioria das vezes a mãe, que passou horas assistindo tutoriais no YouTube.
Essa febre do cabelo e mochila malucos não é apenas uma brincadeira qualquer; virou um verdadeiro evento social. Pais e mães, que já encaram tantas competições silenciosas nos grupos de WhatsApp da escola, agora duelam pela supremacia da tesoura e do glitter. Ah, e como não se inspirar? Parece até que estamos vivendo uma nova eleição, mas em vez de promessas e debates, temos gel com purpurina e fios coloridos de lã. Enquanto os candidatos prometem pontes e hospitais, os pais se debruçam sobre caixas de papelão e arames, montando uma artilharia estética capaz de fazer qualquer criança virar uma pequena obra de arte ambulante.
E o furacão Milton? Esse aí veio com força e trouxe aquele eterno choque entre o que acontece no mundo e o que nos afeta. Enquanto as notícias alertam sobre a destruição nos EUA, por aqui os comentários giram em torno de como isso vai impactar o clima e, claro, os preços do mercado. Quem sabe esse vento todo nos atinja sobre as necessidades de nos preocupar politicamente com o meio ambiente ao invés de inspirar penteados estilo Tempestade do X-Men…
No fim, entre eleições, furacões e competições capilares, a sensação é de que a criatividade, tanto nas urnas quanto nas escolas, ainda é nossa melhor forma de resistência. Afinal, ser brasileiro é isso: encontrar nas adversidades — ou nas tendências do TikTok — uma maneira de tornar tudo um pouco mais divertido.
Laís Sousa
Jornalista-marketeira-publicitária comunicando em redes sociais de segunda a sexta. Escritora e viajante nas horas cheias e extras. Deusa, louca, feiticeira com trilha sonora em alta. Leitora, dançarina e pitaqueira por esporte sorte. Vamos fugir!@laissousa_
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