Troféus, Propagandas e filmes não: O Melhor da Temporada
Divulgação: Chester Perdigão
Chegou o Natal, e com ele, minha programação favorita: filmes, edições especiais e propagandas memoráveis. Este ano, confesso, os filmes natalinos deixaram a desejar, muito embora, Operação Natal tenha investido a bagatela de 250 milhões USD para trazer muita ação e efeitos com Dwayne Johnson, Chris Evans, Lucy Liu.
Vou direto ao ponto alto da temporada: as campanhas publicitárias. O Boticário, com "No cuidado, que o amor se fortalece", veio com a intenção de amenizar os conflitos de família. O AirBNB, narrando perrengues do Papai Noel para fazer entregas em Hotel, mostra que casas/lares têm magia para estar. Já o Chester Perdigão trouxe o humor ao arrasar em uma boa paródia natalina da Ivete.
Mas a boa e velha TV trouxe mais coisas boas pra destacar: os Melhores do Ano no Caldeirão do Huck brilhou. Larissa Bocchino, com a doçura de sua Quinota em No Rancho Fundo, celebrou a teledramaturgia e cultura brasileira. Já Juan Paiva, premiado por sua atuação em Justiça 2, entregou um discurso potente: “Eu sou como você, você é igual a mim. Não desista.” Um lembrete poderoso de que o sonho também é feito para pretinhos de favela.
Paulo Vieira, hilário e afiado, lembrou que chegar ao topo é difícil, mas manter-se inteiro é um milagre. O humorista chegou a brincar com a prisão do militar de 4 estrelas e fazer parte de um momento histórico da televisões brasileira ao unir emissoras: Ticiane Pinheiro (Record) e Sonia Abrão (Rede TV) foram envolvidas na brincadeira. Além disso, para homenagear o falecido pai, Silvio Santos, Patrícia Abravanel (SBT) estive presente na ocasião.
No discurso de Andrea Beltrão, a Zefa Leonel virou poesia: uma mulher forte, marcada pelo tempo e ainda cheia de vida. A consagração de Renascer, a novela do cacau, foi um tributo ao Brasil profundo no horário nobre, trazendo o MST para as telas com humanidade e coragem. Vale destacar que, em meio a discursos evangélicos, a atriz Edvana Carvalho exaltou as religiões de matriz africana. “Eu queria agradecer a Orixá, porque sem folha não tem vida e foi Orixá que levou essa novela do início ao fim! Axé a todas as religiões de matriz africana, a todas as formas de cultuar Deus. Porque Deus é igualdade, prosperidade e agradecimento”. Axé!
Então, entre risadas e reflexões, fica a mensagem de sempre: “As alegrias serão de todos, é só querer” (e fazer seus corres). Porque se a magia do Natal é feita de união, que tal um novo tempo com mais empatia, menos desigualdade e um tantinho mais de laços e comida gostosa?
Laís Sousa
Jornalista-marketeira-publicitária comunicando em redes sociais de segunda a sexta. Escritora e viajante nas horas cheias e extras. Deusa, louca, feiticeira com trilha sonora em alta. Leitora, dançarina e pitaqueira por esporte sorte. Vamos fugir!@laissousa_
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