Já é carnaval, cidade: prepara o coração!

Alfredo Filho/ Secom

O navio pirata da BaianaSystem já deu a largada no furdunço e arrepiou um mar de gente com o poder do (é só) amor. Como diz mainha, “a cidade toda sente que vai começar”: Tem algo no ar! E não é só “resenha do arrocha” e “trap do trepa trepa”. O clima de Carnaval, que mistura gente de todo lugar, vem misturado também com a premiação do Oscar e a expectativa de prisão. Isso é arte!

A energia já tá gostosa e caótica antes de começar: a qualquer instante pode sair mais um motivo para arrastar um trio elétrico ou um mandado para deter um mal que não faz bem, não. O Brasil é assim, vive entre o confete e a condução coercitiva. Papo de maluquice, né J. Eskine?! Não é para amadores… nem golpistas.

Tem quem esteja escolhendo a fantasia e tem quem esteja escolhendo o melhor esconderijo. Tem também quem não tem bom senso e, em meio a tudo isso, quer converter “irmão”. Enquanto uns se preparam para a pipoca e outros propagam o “apocalipse”, há os que olham para a Polícia e esperam mais que baculejo: "Será que vem aí?". Se vier na festa, a gente triplica!

É clima de Copa sim, Fernanda Torres, do tipo que nunca tivemos antes. A possibilidade da nossa pikachu trazer o Oscar pra casa significa que, em plena folia, no domingo, o brasileiro pode soltar um grito que há tempos estava preso: “É do Brasil!”. Não de futebol, mas de melhor atriz, e isso já é um orgulho que nem precisa disfarçar. Se ganhar, é uma explosão de alegria, é desfilar o reconhecimento mundial. Se perder, a gente finge costume e foca no glitter com a memória de melhor enredo: “Ditadura nunca mais” (e prender tudo quanto é Satanás)!

Do outro lado do ringue – porque no Brasil até para folia tem embate – temos os que acham que Carnaval é coisa do capeta. Vitor Belfort e Joana Prado (ex feiticeira) resolveram que é hora de criticar a “festa da carne” e lembrar ao mundo que a fé deles não combina com a dos outros. Ficam na arquibancada da vida mundana tentando julgar quem curte até chegar no céu. Esquecem que a única patrulha que combina com o Brasil é a canina (da Liz Improta Santana). Poxa, Alexa!

Se é de axé, axé. Se é de amém, amém. Se é de circuito, circuito. Se é de mato, mato. Carnaval não faz mal a ninguém – já o moralismo seletivo e a intolerância religiosa, esse sim precisa ser exorcizado com luta atrás de batalha. Senta lá (com) Cláudia (Milk)!

No fim, seguimos nessa corda bamba chamada Brasil para além das cinzas e viroses de quarta. É fevereiro, quase março… e por aqui a eterna mistura de caos e festa perdura o ano inteiro.  Quem quiser, dance. Quem não quiser, ora. E quem deve, que corra. Qualquer dia, entre o prêmio e a intolerância, entre o desfile e o desespero, pode ser de glória ou de “golpe”! Enquanto isso, coloca a energia múltipla e diversa da Bahia pra vibrar e fica de olho nas manchetes – nunca se sabe qual celebração e vitória chega primeiro.


Laís Sousa

Jornalista-marketeira-publicitária comunicando em redes sociais de segunda a sexta. Escritora e viajante nas horas cheias e extras. Deusa, louca, feiticeira com trilha sonora em alta. Leitora, dançarina e pitaqueira por esporte sorte. Vamos fugir!
@laissousa_
laissousazn@gmail.com

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