Estudo mostra que há evidências crescentes que a COVID-19 pode causar problemas de saúde cognitiva e mental
Foto: Engin Akyurt /Pixabay
De acordo com um estudo que foi realizado por uma equipe de cientistas da Universidade de Cambridge e do Imperial College London constatou que o comprometimento cognitivo decorrente da COVID-19 grave é semelhante ao sofrido entre 50 e 70 anos de idade e equivale a perder 10 pontos de QI.
Segundo com Rubens de Fraga Júnior, professor de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (Fempar) e especialista em geriatria e derontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), os resultados foram publicados na revista eClinicalMedicine e emergem do NIHR COVID-19 BioResource. O estudo sugere que os efeitos ainda são detectáveis mais de seis meses após a doença aguda e que qualquer recuperação é gradual.
O especialista destaca que existem evidências crescentes de que a COVID-19 pode causar problemas duradouros de saúde cognitiva e mental, com pacientes recuperados relatando sintomas como fadiga, problemas para lembrar palavras, distúrbios do sono, ansiedade e até transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) meses após infecção. "No Reino Unido, um estudo descobriu que cerca de um em cada sete indivíduos pesquisados relataram ter sintomas que incluíam dificuldades cognitivas 12 semanas após um teste positivo para COVID-19."
Rubens de Fraga Júnior destaca que há evidências crescentes de que a COVID-19 pode causar problemas duradouros de saúde cognitiva e mental, com pacientes recuperados relatando sintomas como fadiga, problemas para lembrar palavras, distúrbios do sono, ansiedade e até transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) meses após infecção. "No Reino Unido, um estudo descobriu que cerca de um em cada sete indivíduos pesquisados %u200B%u200Brelataram ter sintomas que incluíam dificuldades cognitivas 12 semanas após um teste positivo para COVID-19."
Ainda que casos leves possam levar a sintomas cognitivos persistentes, entre um terço e três quartos dos pacientes hospitalizados relatam que ainda sofrem de sintomas cognitivos três a seis meses depois.
O professor enfatiza que, para explorar essa ligação com mais detalhes, os pesquisadores analisaram dados de 46 indivíduos que receberam atendimento hospitalar, na enfermaria ou unidade de terapia intensiva, para COVID-19 no Hospital de Addenbrooke, parte do Cambridge University Hospitals NHS Foundation Trust - 16 pacientes foram colocados em ventilação mecânica durante sua permanência no hospital. Todos os pacientes foram admitidos entre março e julho de 2020 e foram recrutados para o NIHR COVID-19 BioResource.
Fonte: EM