Enlivre-se Podcast com Caio Aguiar Sirino sobre a produção “Uma Coisa Chamada Eu” e a cena literária do sertão da ressaca

A programação aconteceu sexta-feira (21) com a presença do escritor conquistense no último episódio da quarta temporada do podcast
  • Bianca Silva
  • Atualizado: 26/06/2024, 10:34h

O último episódio da quarta temporada do Enlivre-se Podcast foi ao ar na sexta-feira (21) e a apresentadora Bianca Silva recebeu Caio Aguiar Sirino, autor de “Uma Coisa Chamada Eu”. A entrevista contextualizou a produção literária do escritor conquistense e a cena artística da cidade que tem sido palco de encontros entre escritores e já sediou a primeira edição da Fliconquista, em novembro de 2023.

Caio é graduado em ciências sociais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), mestre em letras pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e lançou a saga poética intitulada “Uma Coisa Chamada Eu” em um evento festivo na Cravo Choperia e Bar em dezembro do ano passado. A obra de Caio integra o cenário das contemporâneas produções do sertão da ressaca e que tem sido organizado a partir de grupos no whatsapp, de encontros e de saraus que contribuem para constituição de uma estrutura unitária e colaborativa, em detrimento do isolamento e da “melancolia” de outrora.

Caio Sirino e Bianca Silva

Durante o diálogo, Caio ressaltou a importância do Foro Literário Sertão da Ressaca, dos diversos Clubes de Leitura existentes em Vitória da Conquista, além da expressiva atuação de Nélio Silzantov, dos coordenadores da Biblioteca Comunitária Donaraça, Josué Brito Santana (autor de “A escrita do filho de ninguém”) e Juliana Brito, bem como citou os inúmeros representantes dessa “Novíssima Literatura do Sertão da Ressaca” cuja materialização pode ser lida a partir da edição que já está disponível para download gratuito no site do blog do foro. Autores como Afonso Silvestre, Brenda Luara, Edson Ribeiro e Joyce Ribeiro estão entre os literatos do primeiro volume.

Enquanto mencionava sobre os desafios de uma produção literária independente, Caio aproveitou para comemorar o esgotamento da primeira edição de “Uma coisa chamada eu” que contou com 200 exemplares, sendo que 180 deles foram vendidos de forma orgânica, 60 livros no decurso da noite do lançamento, e alcançaram leitores em Salvador, São Paulo, Curitiba, Aracaju, ao tempo em que 20 deles foram doados para bibliotecas e colaboradores.

Num bate-papo repleto de referências da literatura universal e local, a quarta temporada teve o seu encerramento com chave de ouro porque foi conduzido para traduzir a conjuntura atual de produção artística e cultural da Suíça Baiana, que é um celeiro de grandes autores, mas que ainda tem um longo caminho na busca por mais garantias de acesso e direitos para quem produz e para quem lê nesse complexo processo de “polidez da existência humana”.

Para saberem mais, recomendo que acessem o vídeo completo nos canais da Mega Rádio e do enLIVRE-se, no youtube.

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