AGOSTO LILÁS
Foto: Correiodosmunicipios
Por Vanda Araujo
Agosto lilás é o mês em que o combate à violência contra a mulher toma forma de campanha, de conscientização da população sobre a importância da prevenção e do enfrentamento desse tipo de violência como um todo, não apenas contra a violência doméstica ou familiar.
O Projeto de Lei n.3.855/2020 propõe instituir o AGOSTO LILÁS, como o mês de proteção à mulher.
Diariamente mulheres são violentadas física, emocional, psicologicamente e até levadas a óbito em decorrência de tais abusos nos relacionamentos.
Você que convive com outras mulheres já pode ter presenciado ação ou omissão baseada no gênero que causou morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.
Quando isso acontece com pessoas no espaço onde as pessoas convivem, tendo elas vínculo familiar ou não, o ato é considerado violência doméstica.
Qualquer mulher pode ser vítima da violência. Não importa se ela é rica, pobre, branca ou negra; se vive no campo ou na cidade, se é moderna ou antiquada; católica, evangélica, ateia ou umbandista…
A violência baseada em gênero envolve homens e mulheres, sendo as mulheres, na sua maioria, as vítimas. A violência de gênero é aquela imposta à mulher simplesmente por ela ser mulher – ou seja, por condição do sexo feminino, e é, portanto, um padrão cultural.
Infelizmente, ainda existem pessoas que apoiam o agressor, acreditando se tratar apenas de uma turbulência na relação. Não, não é normal, não é passageiro, a tendência é piorar.
Você já pensou…
Por que aceitamos piadas contra as mulheres? Por que reproduzimos a desigualdade entre homens e mulheres na educação? Por que os homens não agridem qualquer mulher, mas agridem aquelas que consideram “sua propriedade” ou sobre as quais pensam “ter direitos” por serem (ou terem sido) suas namoradas, companheiras, esposas?
Qualquer que seja a forma (empurrões, tapas, ameaça com armas e qualquer contato que produza dor, marcas, cortes, hematomas, dentre outras situações que atinja o corpo da mulher), uma conduta que cause prejuízo emocional e diminuição da autoestima ou que prejudique e que vise controlar ações, comportamentos, crenças e decisões da mulher, por meio de ameaça, intimidação, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir, configura violência.
Ah! E tome cuidado com a crença de que ciúme é prova de amor viu, mana? Tomar teu celular, proibir ou exigir mudanças no teu corpo como depilação, corte de cabelo, tipo de roupa, é desrespeitoso e ofensivo, isso sim!
A vítima, quase sempre, não se dá conta de que está envolvida em um relacionamento abusivo e que sofrerá graves consequências. Cuidado! Estar com alguém não exige que você abra mão de quem você é!
Se você identificou estar sendo tratada com alguma dessas atitudes você está em um relacionamento agressivo! Pare para refletir, converse com alguém, peça ajuda e tome uma atitude. Não tenha medo, ame-se acima de tudo.
Cuide-se! Quem não te respeita, não te merece.
P.S.: Para denúncias de violência contra a mulher:
Disque 180, Central de Atendimento à Mulher 24 horas, gratuito e confidencial.
Disque 100 (Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos)
Disque 190 (Polícia).
Vizinhos, amigos, familiares ou até desconhecidos podem denunciar uma agressão que tenham presenciado. Após mudanças recentes na lei, a investigação não pode mais ser interrompida, ainda que a vítima desista da ação.
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Sobre a autora: Eu sou Vanda Araujo (abreviatura, viu?!). Sou graduada em Psicologia, especialista em Terapia Familiar Sistêmica, com formação em Terapia Comunitária Integrativa e em Análise Corporal. Atendo adultos (individual e casal) de forma predominantemente remota e te afirmo que a maior distância entre as pessoas não é geográfica, é afetiva. Não importa em que parte do mundo você esteja, a distância é indiferente. O que é realmente importante é a relação sincera e confiável que estabelecemos entre eu e você.
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