Cansaço pode levar Papa Francisco à renúncia do cargo; entenda

O “cansaço” pode levá-lo à renúncia do cargo, mesmo que contra a sua vontade

Em entrevista à rede pública de Rádio e Televisão Suíça (RSI), nesta sexta-feira (10), em meio às comemorações de seus 10 anos à frente da Igreja Católica, o papa Francisco admitiu que o “cansaço” pode levá-lo à renúncia do cargo, mesmo que contra a sua vontade.

“Um cansaço que não te faz ver as coisas com clareza. A falta de clareza, de saber avaliar as situações. Também pode se dar por problema físico”, disse o pontífice, de 85 anos, que se disse "velho, com menos resistência física". 

Em entrevista recente ao jornal espanhol ABC, Francisco já havia dito que uma carta de renúncia estava pronta, caso tenha problemas de saúde que persistam e atrapalhem no exercício da função. "Já assinei minha demissão. Assinei e disse a ele (Tarcísio Berone, secretário de Estado à época): 'em caso de impedimento por motivos médicos ou sei lá o quê, fica aqui a minha demissão'", confessou.

Em ocasião anterior, Francisco já havia criticado a possiblidade das renúncias papais se tornarem “moda”. “Ser papa é um cargo vitalício. Não vejo razões pelas quais não deveria ser assim”, afirmou certa vez. Ainda assim, ele defendeu seu antecessor, Bento XVI, que, em 2013, tornou-se o primeiro papa a renunciar em 600 anos, alegando fragilidade da saúde mental e física. Ele faleceu quase 10 anos depois, em 31 de dezembro de 2022.

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